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Osteoporose: Introdução, Sintomas, Diagnóstico e Tratamento

Introdução:

A osteoporose é uma doença caracterizada por perda de massa óssea, levando à fragilidade óssea e um aumento de risco de fraturas. Qualquer osso pode ser afetado, porém as fraturas são mais frequentes no quadril, coluna, fêmur e antebraço. As fraturas podem ocorrer após traumas ou mesmo espontaneamente.

Mais comum que a osteoporose é a osteopenia, condição em que a massa óssea é reduzida em relação à população normal, porém não em estágio tão avançado como na osteoporose.

Embora seja mais comum em indivíduos acima dos 50 anos, a osteoporose pode ocorrer em qualquer idade.

Fatores de Risco:

Os principais fatores de risco para desenvolver osteoporose são: mulheres após a menopausa, idade avançada, histórico de osteoporose na família, tabagismo, uso abusivo de álcool, sedentarismo, consumo excessivo de cafeína, ingestão deficiente de cálcio e vitamina D.

A osteoporose é mais frequente em pacientes que usam determinadas medicações, principalmente corticóides, anticonvulsivantes, heparina, lítio, inibidores de bomba de próton e alguns antidepressivos. Também é mais comum em indivíduos que apresentam determinadas doenças: anorexia nervosa, artrite reumatóide, hiperparatireoidismo, hipertireoidismo, mieloma múltiplo, insuficiência renal crônica, cirrose, doença celíaca, doença inflamatória intestinal etc.

Sintomas:

A osteoporose não costuma apresentar nenhum sintoma até que ocorra uma fratura. Podem ocorrer dor lombar, alterações na postura, limitações de movimento etc. A ausência de sintomas até os estágios mais graves da doença reforça a necessidade de avaliação e seguimento precocemente.

Diagnóstico:

O diagnóstico definitivo é confirmado pelo exame de Densitometria Óssea (DMO). É um exame radiológico que permite medir a densidade óssea em vários locais do corpo e estabelece o diagnóstico de osteopenia ou osteoporose. Entretanto, a investigação geralmente inclui diversos exames laboratoriais. Caberá ao endocrinologista avaliar doenças associadas e complicações.

Prevenção:

Medidas preventivas incluem: ingestão diária adequada de cálcio e de Vitamina D, evitar o sedentarismo, não fumar, reduzir o consumo de álcool.

Sabe-se que a massa óssea de uma pessoa é desenvolvida durante a infância e a adolescência, chegando ao máximo desenvolvimento ao redor dos 20 anos de idade. Assim sendo, é fundamental a adoção dessas medidas desde o início da vida.

Tratamento:

Uma vez instalada a osteoporose não há tratamento curativo, exceto quando ela é decorrente de outras doenças que podem ser revertidas. Entretanto, é possível evitar a sua progressão. Além das medidas não medicamentosas existem alguns tipos de medicações que são usadas, incluindo suplementos de cálcio, vitamina D, bifosfonatos e moduladores seletivos de receptor de estrogênio. Em casos específicos de mulheres na pós-menopausa poderá ser indicada a Terapia de Reposição Hormonal (TRH). O tipo de tratamento adotado deverá ser discutido com o endocrinologista.

Fonte: Lúcio Vilar – Endocrinologia Clínica, 5ª edição.

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