O sedentarismo atinge quase 70% da população mundial, ele é um fator de risco para diversas doenças como hipertensão, doenças cardiovasculares como: doença arterial coronariana (DAC), a doença obstrutiva arterial periférica (DOAP) e os acidentes vasculares cerebrais (AVC) em que grande parte dos casos, todas elas são causadas pelo acúmulo de gordura na parede dos vasos sangüíneos. Outras doenças como diabetes e obesidade têm correlação direta com o sedentarismo, alguns tipos de câncer, doenças reumáticas, ortopédicos e problemas psicológicos como a depressão, que já atinge 7% da população mundial (quase 400 milhões de pessoas) também tem.
Em um estudo realizado pela Universidade de Cambridge e publicado no American Journal of Clinical Nutrition identificou que a falta de atividades físicas pode matar duas vezes mais que o excesso de peso, de acordo com a pesquisa, das 9,2 milhões de mortes na Europa, 337 mil foram atribuídas à obesidade e o dobro desse número, 676 mil, ao sedentarismo. Os resultados foram possíveis após o acompanhamento de 334.161 europeus durante 12 anos. Neste período, foram avaliados os níveis de exercícios praticados por cada um e a medida de sua circunferência abdominal registrada a cada morte.
Outro estudo em grande escala, a Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios de 2008 (PANAD), mostrou que cerca de 59,5 milhões de pessoas (31,3% da população) afirmaram ter pelo menos uma doença crônica no Brasil, essa pesquisa apontou ainda que a hipertensão acomete mais de 14% da população pesquisada e 3,6% diabetes (7% da população mundial), já a obesidade, que também vem sendo encarada como problema crônico em muitos casos, vem sendo vista como um epidemia mundial, por exemplo até 2014 nos EUA, 30% da população já está com sobrepeso e segundo as estatísticas, se o ritmo continuar como está, até 2045 o Brasil pode se tornar o País com mais obesos do mundo (CELAFISICS 2006, 2007: Globo Reporter, Dez./2009).
Observa-se então que sedentarismo trata-se de um problema de saúde pública devido a sua alta correlação com a mortalidade pelo seu alto potencial desencadeante de doenças que mais comprometem a qualidade de vid da população e oneram os cofres do governo e da iniciativa privada. Portanto, a prática de atividade física deve fazer parte do cotidiano das pessoas como hábito responsável ter papel de destaque nos programas de saúde pública e privado do país e do mundo visando a promoção da saúde, a prevenção de doenças e o tratamento dessas.